sexta-feira, 13 de julho de 2012

O que é Cloud Computing, afinal?


Confesso que o tema Cloud Computing (Computação em Nuvem) era um pouco, com o perdão da palavra, ‘nebuloso’ para mim. Meu anseio - desde a primeira vez que ouvi a expressão - era entender de forma mais delimitada o conceito, indo além do fundamento de que a nuvem é o signo que representa a Internet.

Esse anseio foi finalmente atendido após minha participação no Comitê TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), na Amcham, nesta quarta-feira (11/julho), sob o temaCloudComputing, a tecnologia em busca da diferenciação’.

Desmistificando o tema, a premissa básica é que 'Cloud' não é uma tecnologia, mas um modelo de negócios. Para entender este modelo, o primeiro passo é entender o que é Virtualização.


Virtualização. Num processo tradicional, cada servidor físico possui um único sistema operacional com seus respectivos aplicativos. E num ambiente virtualizado?

Nesse caso, os aplicativos rodam em máquinas virtuais (as Virtual Machines ou simplesmente VM’s) que emulam ambientes físicos completos. Com a tecnologia da virtualização, cada servidor pode manter vários sistemas operacionais funcionando em máquinas virtuais que se comportam como computadores totalmente independentes.

Isso permite que um único servidor físico possa rodar sistemas e aplicações totalmente distintos, atendendo a clientes sem nenhuma relação entre si. Falando de negócios, um provedor de serviços tem a possibilidade de atender – à partir da virtualização – diferentes empresas usando um único equipamento, uma vez que cada cliente terá acesso às máquinas virtuais e não aos equipamentos em si.

Entendido o conceito de virtualização, podemos compreender o modelo de Cloud Computing.

Cloud Computing. Vamos supor que você contrate um servidor (máquina virtual) durante um período de seis meses para hospedar uma aplicação web. Bem, a sua aplicação é computacional e está operando na nuvem, logo, isso é ‘Cloud Computing’, correto? Errado! Conceitualmente, isso continua sendo apenas virtualização.


Relembrando que ‘Cloud’ é um modelo, pense em virtualização acrescida dos seguintes requisitos:

1 - Elasticidade. O recurso computacional é precificado em uma unidade menor (hora de funcionamento, por exemplo) o que permite que você ‘ligue e desligue’ seus servidores conforme a demanda. Na computação em nuvem você paga pelo que usar e apenas quando usar. Mas como? Isso nos leva ao próximo requisito.

2 - Automação. Os provedores de Cloud Computing (Amazon, Google, etc.) criaram sistemas de automação que permitem a elasticidade descrita acima. Os gatilhos para ligar ou desligar os servidores são configuráveis conforme a necessidade do cliente (número de requisições, programação de horários, entre outros).  Isso tudo permite que a escalabilidade seja simples e automática.

Isso nos leva à Equação do Cloud Computing (não se assuste; criei apenas para fins didáticos): 

C = V + E + A (Cloud Computing = Virtualização + Elasticidade + Automação).

Segundo José Papo da Amazon Web Services, o mercado de Cloud Computing cresce a taxas chinesas, só que mensalmente. Cristiano Barbieri, CIO da Sulamérica, defende que a computação em nuvem é a maior transformação em TI desde a Internet.

Devemos nos interessar pelo assunto, certo?

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Para saber mais, em 21 de agosto ocorrerá o AWS Summit 2012 - Navigate the Cloud, maior evento da Amazon sobre Cloud Computing. Informações no banner abaixo:





2 comentários:

  1. Didático e esclarecedor !
    Valeu Francisco, não vou mais cometer uma gafe ao falar de "cloud computing".

    Alberto Nairo

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  2. Isto é que é volta à blogosfera. Excelente matéria. Parabens.

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