Confesso que o tema Cloud Computing (Computação em Nuvem) era um pouco, com o perdão da palavra, ‘nebuloso’
para mim. Meu anseio - desde a primeira vez que ouvi a expressão - era entender
de forma mais delimitada o conceito, indo além do fundamento de que a nuvem é o
signo que representa a Internet.
Desmistificando o
tema, a premissa básica é que 'Cloud' não é uma tecnologia, mas um modelo de negócios. Para
entender este modelo, o primeiro passo é entender o que é Virtualização.
Virtualização. Num processo tradicional, cada servidor físico possui um
único sistema operacional com seus respectivos aplicativos. E num ambiente virtualizado?
Nesse
caso, os aplicativos rodam em máquinas virtuais (as Virtual Machines ou simplesmente VM’s) que emulam ambientes físicos
completos. Com a tecnologia da virtualização, cada servidor pode manter vários
sistemas operacionais funcionando em máquinas virtuais que se comportam como computadores
totalmente independentes.
Isso
permite que um único servidor físico possa rodar sistemas e aplicações totalmente
distintos, atendendo a clientes sem nenhuma relação entre si. Falando de negócios, um provedor de
serviços tem a possibilidade de atender – à partir da virtualização – diferentes empresas
usando um único equipamento, uma vez que cada cliente terá acesso às máquinas
virtuais e não aos equipamentos em si.
Entendido
o conceito de virtualização, podemos compreender o modelo de Cloud Computing.
Cloud Computing. Vamos
supor que você contrate um servidor (máquina virtual) durante um período de
seis meses para hospedar uma aplicação web. Bem, a sua aplicação é
computacional e está operando na nuvem, logo, isso é ‘Cloud Computing’, correto? Errado! Conceitualmente, isso continua
sendo apenas virtualização.
Relembrando
que ‘Cloud’ é um modelo, pense em
virtualização acrescida dos seguintes requisitos:
1 - Elasticidade.
O recurso computacional é precificado em uma unidade menor (hora de funcionamento,
por exemplo) o que permite que você ‘ligue e desligue’ seus servidores conforme
a demanda. Na computação em nuvem você paga pelo que usar e apenas quando usar.
Mas como? Isso nos leva ao próximo
requisito.
2 - Automação.
Os provedores de Cloud
Computing (Amazon, Google, etc.) criaram sistemas de automação que
permitem a elasticidade descrita acima. Os gatilhos para ligar ou desligar os
servidores são configuráveis conforme a necessidade do cliente (número
de requisições, programação de horários, entre outros). Isso tudo permite que a escalabilidade seja simples
e automática.
Isso
nos leva à Equação do Cloud Computing (não se assuste; criei apenas para fins didáticos):
C =
V + E + A (Cloud Computing = Virtualização + Elasticidade + Automação).
Segundo
José Papo da Amazon Web Services, o mercado de Cloud Computing cresce a taxas chinesas, só que mensalmente.
Cristiano Barbieri, CIO da Sulamérica, defende que a computação em nuvem é a
maior transformação em TI desde a Internet.
Devemos
nos interessar pelo assunto, certo?
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