sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Instrumento financeiro desprovido de fundos

Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), o cheque deve sobreviver por mais uns 30 anos no mercado brasileiro. As razões são várias; desde compras de imóveis a escolha de pequenos lojistas que não querem pagar as taxas dos cartões.

Enquanto ele permanece na praça, vamos nos divertindo com as alcunhas do famigerado 'instrumento financeiro desprovido de fundos' (claro que, por mais engraçados que sejam os nomes, quem recebe um cheque sem fundo não acha graça nenhuma).

Conheça os apelidos clássicos:

Cheque-borracha (ou borrachudo): aquele que bate no banco e quica de volta
Cheque-caubói: se quem o recebe não sacar rápido, “morre” (fica com o prejuízo)
Cheque-boi: o caixa do banco pega e faz “hmmm” – alusão ao mugido do boi
Cheque-procissão: dá uma volta na praça e retorna a quem o apresentou
Cheque-bom filho: “à casa torna” – alusão à parábola do filho pródigo
Cheque-bumerangue: alusão ao instrumento de caça em forma de arco, comum na Austrália, que, uma vez arremessado, volta para quem o lançou.
Cheque-peixe: aquele que chega ao banco e “nada” – ou seja, não pode ser compensado por falta de fundos na conta de quem o emitiu.
Cheque-boemia: “Aqui me tens de regresso” – alusão ao verso da canção “A Volta do Boêmio”, de Adelino Moreira, famosa na interpretação de Nelson Gonçalves.
Cheque-pombo correio: é o que é solto na praça e volta ao ponto de partida.
Cheque-ping pong: alusão ao movimento de vai e vem da bolinha em uma partida de tênis de mesa.
Cheque-capim: só burro recebe.
Cheque-bailarino: quem o recebe, dança.
Cheque-denorex: parece [bom], mas não é – alusão à campanha publicitária de uma marca de xampu anticaspa, famosa nos anos 80, que dizia: “Parece remédio, mas não é”.


2 comentários:

  1. Se existe uma situação revoltante é a de receber qq tipo dos cheques descritos na matéria. Quem ainda não foi vítima... que atire a primeira pedra.

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